11:28 Companhia Picolino

FICHA TÉCNICA
Diretor: Anselmo Serrat.
Elenco: Antonio Marcos, Carine Gomes, Edevaldo Santos (Baba) Edi Carlos Souza (Binho), Fabiano Coelho (Fafá), Fabio Francisco (Bimbinho), Ivan Matos, Lívia Mattos, Luana Tamaoki Serrat, Marcão Nascimento, Marcelo Cardoso, Marcio Gabriel, Nana Porto Carneiro, Nina Porto Carneiro, Paulo Oliveira, Sofia Muritiba, Vera Alice.
Músicos da Picolino: Amadeu Alves, Beto Portugal, Jaime Bocão, Jonga Lima e Juracy do Amor.
Luz: José Carlos “Ngão”

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A Companhia de Circo Picolino é formada por 25 jovens artistas, todos ex-alunos da Escola Picolino de Artes do Circo. O trabalho desenvolvido diariamente envolve aulas, treinos e ensaios orientados por professores e técnicos especializados, com carga horária de 05 horas/dia. O Projeto Companhia de Circo Picolino pretende promover condições fundamentais para o treinamento, desenvolvimento e aprimoramento da companhia durante o ano, garantindo acompanhamento adequado aos seus profissionais.
Já nos primeiros anos da Escola Picolino os alunos que se destacavam nas aulas eram chamados a integrar a Companhia Mirim, se apresentando no Festival Voiron, França, em 1989. A Companhia Mirim, formada no seu início por crianças e adolescentes, foi crescendo, fazendo companhia uns aos outros, e junto com eles a qualidade artistas seu trabalho.
Em 1998 a Companhia de Circo Picolino chega ao seu estágio de maior maturidade, apresenta o espetáculo Panos e, alguns de seus artistas participa do Projeto Circo das 1000 Faces, em 1999, quando realizam uma turnê por diversos países da Europa. No mesmo ano, a Copanhia Picolino apresenta Batuque e no ano seguinte realiza um turnê pela França com este espetáculo. Os espetáculos seguintes, GuerReiro e cenascotidianas@circ.pic atestam a qualidade e o profissionalismo da Companhia Picolino, trabalhos estes ganhadores de Prêmios e elogiados pelo público e crítica.

PANOS

Montado no final do ano de 1998, dentro do Projeto Viva o Circo – Ano XIII, o espetáculo mergulha o Circo Picolino definitivamente na alma baiana, homenageando a luta dos terreiros de candomblé que apesar da perseguição, conseguiram manter viva a sua cultura e suas histórias. A nação negra está crescendo, ocupando o seu lugar. Chegou a vez de ocupar o circo. Que venham os orixás! Nós, humildemente, aceitamos os seus conselhos e montamos este espetáculo saindo do terreiro de Pituaçu. Agora, os atabaques vão bater. É a festa da resistência.

BATUQUE

Montado no final do ano de 1999, dentro do Projeto Viva o Circo - Ano XIV, Batuque é o resultado de dois anos de experiências e pesquisas no universo de religiosidade Afro-Baiana. Após trazer para o Circo o ritmo das danças Afros, principalmente através das danças dos "ORIXÁS" (Deuses Africanos). entramos nas nações do candomblé e fomos Angola, Gêge, Ketu e Ijexá. Descobrimos a grande nação de ORIXÁS brasileiros, os CABLOCOS. A partir deste momento, todo o circo passa a viver estes batuques. Boiadeiros, vaqueiros, índios e caboclos entram no universo da Picolino enriquecendo o trabalho realizado durante o ano. Batuque é um espetáculo tão Brasil como Macunaíma, Grande Otelo, Cartola, Cacilda Becker, futebol, Zumbi... Batuque realizou uma turnê pela França em 2000, levando este manifesto pelo Brasil.

GUERREIRO

Montado no final do ano de 2000, em homenagem aos vinte anos de morte de Glauber Rocha, tematicamente, o espetáculo homenageia o genial cineasta honrando as coisas que ele acreditava. Os artistas da Cia. Picolino enchem-se de força ao teatralizar o cangaço tão presente nos filmes de Glauber, ao lembrar a obra que revolucionou o cinema nacional e que expôs a maneira apaixonada com a que o cineasta se envolvia e cobrava verdades no nosso País. O espetáculo mostra, também de forma apaixonada, o jeito de Glauber filmar, de pensar o Brasil de forma grandiosa, de lidar com a ditadura e com a estética da fome, de não ter medo de assumir posições polêmicas. Ganhador do Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo 2003, GuerReiro reivindica a imagem da nossa identidade como algo que se encontra em constante construção, abrangente e com elevada capacidade de integração.

CENASCOTIDIANAS@CIRC.PIC

Depois da força de Glauber Rocha, no espetáculo GuerReiro, Anselmo Serrat, decidiu dar continuidade na pesquisa e concepção de espetáculos envolvendo grandes personagens da construção cultural do Brasil. O espetáculo cenascotidianas@circ.pic buscou a alma da nossa gente através, do romance "Viva o Povo Brasileiro", de João Ubaldo Ribeiro. No picadeiro, a Picolino se arrisca um pouco mais na experimentação e nas possibilidades da arte circense. O espetáculo conta com 17 artistas circenses e dois músicos. Mescla dança, teatro, poesias, música eletrônica e toda a habilidade dos artistas da Cia Picolino. O espetáculo cenascotidianas@circ.pic estreou em dezembro de 2003, dentro do Projeto Viva o Circo Ano XVIII e participou do Festival Internacional Planeta Circo, em julho de 2004, em Brasília/DF. No final de 2004, ganhou o Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo e em 2005 realizou uma turnê pelo Brasil, através do Projeto Palco Giratório.

KABARÉ PICOLINO
Espetáculo de variedades que traz a Companhia Picolino vivenciando o clima e o glamour dos antigos Cabarets, mas com todo o tempero baiano. Cada Kabaré Picolino tem um tema, onde os artistas da Cia. Picolino, inspirados no glamour dos cafés parisienses do século XIX, apresentam números artísticos de circo, teatro, música e dança, misturando serviço de bar, com bebidas, comidinhas e charutos servidos pelos próprios artistas, resultando em um espetáculo de humor e desfrute. Os Kabarés Picolino acontecem desde o ano 2000, quando os artistas da Companhia trouxe na bagagem um espetáculo montado durante uma temporada na França. No ano seguinte, o Circo Picolino abriu a sua temporada de espetáculos apresentando o Kabaré Picolino, e desde então todos os anos acontecem um Kabaré com um tema novo.